Sexta, 19 de Abril de 2024
   
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Os Benefícios da Musculação

Por Dra. Janete Neves 

Mitos e verdades sobre a musculação e os preconceitos que envolvem o esporte, o que essa atividade pode ajudar para quem quer uma Vida Saudável. Uma prática esportiva que envolve ganhos além da força física, os estudos cada vez mais comprovam o beneficio exclusivo dessa atividade que se baseia na arte de levantar pesos. Proporciona benefícios como: melhora da postura, aumento de massa muscular, ganho de força, perda de gordura corporal, maior vigor físico para atividades diárias e exclusivo aliado da estética corporal. 

A musculação nada mais é do que um treinamento de força, também conhecido como treinamento com pesos ou treinamento com cargas, tornou-se uma das formas mais conhecidas de exercício, tanto para o condicionamento de atletas como para melhorar a forma física de não-atletas. Os termos carga, peso e treinamento de força têm sido usados para descrever um tipo de exercício que requer que os músculos se movam (ou tentem se mover) contra uma força de oposição, normalmente representada por algum tipo de equipamento. O termo treinamento de força abrange uma grande variedade de tipos de treinamento, normalmente é utilizado para se referir ao treinamento com resistência normal que usa pesos livres ou equipamentos com peso. A popularidade da musculação é notada pelo numero crescente de academias, escolas e universidades com recursos para esse tipo de treinamento. As pessoas que participam de um programa de treinamento de força esperam que o programa produza alguns benefícios, tais como aumento de força, aumento dos músculos, melhor desempenho esportivo, crescimento da massa livre de gordura e diminuição de gordura do corpo. Um programa de treinamento de força bem planejado e executado de forma consistente pode produzir todos estes benefícios.

Sistemas muito diferentes de treinamento (combinações de séries, repetições e cargas, por exemplo) podem produzir aumentos significativos em força ou hipertrofia muscular enquanto o sistema continuar a apresentar um efetivo estimulo de treinamento para o músculo. A efetividade de um tipo específico de modalidade de força ou sistema de treinamento depende de seu uso correto dentro da prescrição total de exercícios ou programa de treinamento.

A maioria dos atletas e muitos não-atletas que treinam com pesos esperam que os ganhos em força potência produzidos por um programa de treinamento de força resultem em um melhor desempenho esportivo. O treinamento de força pode melhorar o desempenho motor (capacidade para correr em velocidade, para jogar um objeto ou para saltar por exemplo); este aperfeiçoamento da habilidades motoras básicas pode levar a um melhor desempenho em vários jogos ou esportes. O grau de beneficio que um programa de treinamento de força pode transferir para o desempenho de um esporte específico depende da relação entre habilidades desenvolvidas pelo programa de treinamento e as habilidades requeridas pelo esporte.

Atualmente, entretanto, há informações limitadas sobre o efeito a longo prazo do treinamento de força sobre a potência muscular e a função endócrina. É realmente possível produzir melhoraras na velocidade do desenvolvimento de força e modificar as porções iniciais da curva força-tempo (0 a 200ms) de modo que mais força possa ser produzida mais rapidamente? Parece que teoricamente isto é possível, porque foram observados melhoras na função neurológica indicando que o desenvolvimento da força pode aumentar (A.B.Brown, Mccartney e Sale, 1990; Moritanie e DeVries, 1980). Nenhum estudo demonstrou que a função endócrina pode ser restaurada com o treinamento de exercícios de força. Entretanto, a investigação intensiva nestas duas áreas de estudo esta apenas começando a avançar.
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Algumas adaptações em idosos como treinamento de força, demonstrou que o treinamento é um meio eficaz de aumentar a força muscular e melhorar a condição funcional nos idosos. Aniansson e Gustafsson (1981) demonstraram que um regime de treinamento de força de baixa intensidade produz resultados limitados, o que os levou a concluir que os idosos têm uma capacidade mais baixa para reagir aos exercícios de força do que pessoas mais jovens. Moritani e DeVries (1980) examinaram um programa de treinamento de intensidade mais alta em homens mais velhos e concluíram que a capacidade dos idosos de aumentar força esta preservada. Também concluíram que a musculatura esquelética tem uma capacidade reduzida para a hipertrofia. Eles foram incapazes de detectar qualquer evidência de hipertrofia muscular, entretanto, mas seus métodos foram indiretos, consistindo da dobra cutânea para estimar o tamanho do músculo. Fiatarone et al. (1990) examinaram um grupo de homens e mulheres muito velhos (87 a 96 anos) que treinaram os extensores do joelho durante 8 semanas. Este estudo foi o primeiro a demonstrar que a capacidade para o aumento da força muscular está preservada até mesmo nos muito idosos. Demonstrou, ainda, um aumento significativo no tamanho do músculo através de tomografia computadorizada.
Os benefícios de duas idas semanais à academia de ginástica incluem não somente músculos mais fortes, mas também músculos mais jovens, segundo uma pesquisa canadense publicada pela revista científica PLoS One.

Os estudos com pessoas de mais de 65 anos mostram que treinamentos regulares de resistência parecem reverter os sinais de envelhecimento nos músculos.

As análises de tecidos musculares mostraram que, após exercícios, o maquinário molecular que move as células musculares se torna tão ativo quanto o de pessoas de 20 anos.

Cerca de 25 adultos saudáveis com mais de 65 anos foram submetidos a sessões de uma hora de treinamentos, duas vezes por semana, durante seis meses. Os resultados do levantamento foram comparados aos de participantes com idades entre 20 e 35 anos. Antes das sessões, os mais velhos eram 59% mais fracos que os jovens. Após treinamento com equipamentos tradicionais de ginástica e um programa de 30 contrações de cada grupo muscular, entretanto, os mais velhos estavam apenas 38% mais fracos.

Os pesquisadores também observaram amostras dos tecidos musculares para verificar as mudanças nas mitocôndrias, organismo celular responsável pela geração de energia. Estudos anteriores sugeriram que uma disfunção mitocondrial estaria envolvida na perda de massa e função musculares usualmente verificada em pessoas mais velhas, mas os pesquisadores canadenses queriam verificar especificamente a atividade genética na mitocôndria.

Os resultados mostraram que a geração de proteínas funcionais pelos genes caía com a idade. Mas os exercícios resultaram na reversão desse mecanismo de volta a níveis semelhantes aos vistos em adultos jovens.

A pesquisa dá credibilidade ao valor dos exercícios físicos, não somente como forma de melhorar a saúde, mas também de reverter o próprio processo de envelhecimento, o que é um incentivo adicional à atividade física para pessoas mais velhas. Um acompanhamento quatro meses após o fim do estudo mostrou que a maioria dos participantes mais velhos não estava mais fazendo ginástica formalmente na academia, mas estava fazendo atividades de resistência em casa. Eles ainda permaneciam fortes, tinham a mesma massa muscular, isso mostra que nunca é tarde para começar a se exercitar, e que você não precisa passar sua vida inteira levantando peso em uma academia para desfrutar dos benefícios.
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Para os praticantes de musculação existe uma competição denominada culturismo é um esporte que enfatiza a aparência física, a configuração e o formato corporais, buscando assim a excelência estética. A cineantropometria é uma ferramenta fundamental para guiar o curso do treinamento no culturismo. No entanto, existe escassez na produção de trabalhos científicos para essa população. Segundo um estudo de 2003 os atletas apresentaram idades entre 20 e 56 anos e peso corporal entre 57,4kg e 105,8kg. O somatório das nove dobras cutâneas (S9DC) variou entre 38,4mm e 70,2mm. O peso de gordura encontrado foi de 7,29kg. Os culturistas apresentam baixo percentual de gordura e grande peso muscular.

Essa modalidade esportiva que enfatiza principalmente a aparência física, a definição muscular e a simetria corporal. Seus atletas buscam, através da combinação de uma dieta altamente seletiva e treinamento de força, a melhor performance estética. Esses cuidados objetivam a maximização muscular e a simetria física, com a mínima retenção de fluido e gordura. Esses fatores são imprescindíveis no momento da competição, em que serão julgadas em conjunto: a massa, a muscularidade, a simetria e a definição musculares. Dessa forma, a composição corporal é um dos fatores indiscutivelmente primordiais para guiar o curso do treinamento no culturismo.

A obtenção de equilíbrio nas estruturas que compõem a pilastra de sustentação humana (coluna vertebral), evitando quadros dolorosos a ela relacionados, não se constitui em tarefa fácil, devido principalmente às constantes mudanças de posturas realizadas diariamente pelo homem, expondo sua estrutura morfofuncional a uma série de agravos.

Um desequilíbrio mecânico das estruturas da coluna vertebral atua como fator nocivo sobre elas mesmas. Todas as estruturas que compõem a unidade anátomo-funcional do segmento lombar apresentam inervação nociceptiva, com exceção do núcleo pulposo e de algumas fibras do anel fibroso.

As estruturas músculo-articulares são responsáveis pelo antagonismo das ações mecânicas da coluna: eixo de sustentação do corpo e, ao mesmo tempo, eixo de movimentação. A falta ou excesso de esforço físico nessas estruturas facilmente acarretará danos à mecânica do ser humano em seus componentes osteomioarticulares.
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Sucintamente, podemos definir a lombalgia como sendo um sintoma referido na altura da cintura pélvica, podendo ocasionar proporções grandiosas. O seu diagnóstico pode ser considerado simples, pois geralmente o quadro clínico da lombalgia é constituído por dor, incapacidade de se movimentar e trabalhar. 

Modernamente, a atividade física vem sendo estudada no sentido de consolidar um saber científico sobre a saúde coletiva. A vida sedentária é reconhecida, mais fortemente, como sendo importante fator contribuinte na ausência de saúde e morte precoce. A Organização Mundial da Saúde e a Federação Internacional do Esporte estimam que metade da população mundial seja inativa fisicamente. No Brasil, cerca de 60% dos brasileiros não praticam nenhum tipo de atividade física.

A maioria das lombalgias é freqüentemente atribuída a fatores mecânicos, ou sejam, relacionados com posições inadequadas, repetitivas, assumidas no dia-a-dia, associados às deficiências musculares. Músculos fracos associados ao uso inadequado no dia-a-dia expõem as estruturas da coluna a agravos; o fortalecimento da musculatura do tronco pode proporcionar maior proteção nas atividades diárias. O programa de exercício físico pode contribuir para amenizar a carga de trabalho, tolerar melhor o estresse postural e proteger de alguns perigos no trabalho manual.

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